O Reino Unido e a cultura das instituições de caridade.

Estão por toda parte, não interessa o tamanho da cidade. Empunham as bandeiras das causas mais variadas. Suas lojas vão muito além dos brechós que a gente já conhece.

 

foto retirada de yuppee magazine

As doações são fonte de receita essencial das organizações sérias que ajudam os necessitados neste país. Promovem a reciclagem daqueles objetos que costumam ficar abandonados por anos, às vezes uma vida inteira, nas casas das pessoas.  

As instituições de caridade contribuem de forma tão importante para a sociedade e como são super levadas a sério pela população local.

As crianças aqui aprendem na infância a doar roupas, brinquedos e comida para contribuir de forma comunitária com diferentes instituições de caridade. Nas escolas, elas participam de muitas campanhas para arrecadar fundos para diferentes instituições de caridade, tais como:

  • World Book Day: é uma instituição de caridade registrada com a missão de dar a cada criança e jovem um livro próprio. É também uma celebração de autores, ilustradores, livros, ou seja, é uma celebração da leitura;
  • Children in Need:  é a instituição de caridade da BBC. Desde 1980, arrecadou mais de um bilhão de libras para crianças e jovens desfavorecidos no Reino Unido;
  • Harvest Festival: é comemorado na época da colheita. A campanha do festival de agradecimento pelas colheitas objetiva compartilhar alimentos com pessoas que não têm acesso suficiente a provisões básicas. As escolas celebram a ocasião e as crianças levam para a escola um alimento não perecível os quais são doados para uma entidade pré-selecionada pela escola.

Pesquisa realizada pela NfpSynergy, em 2015, indicava que a maioria dos britânicos preferia comprar quase tudo nas lojas de caridade — livros (84%), cartões (75%), DVDs e CDs (73%), roupas (62%), móveis (57%) e produtos de jardinagem (62%) —, menos perfumaria e alimentos. 


 As pessoas vão atrás das pechinchas, claro.  No entanto, muitas o fazem conscientes de que estão comprando de maneira mais responsável. Há barganhas de todos os tipos para todos os bolsos, e para todos os casos de deslumbramento. Há lojas que recebem doações de celebridades de peças de marcas badaladas caríssimas. Há alguns anos, diante da demanda e da publicidade que se deu aos seus doadores, a Cruz Vermelha preferiu leiloar as bolsas, roupas e sapatos que havia recebido de David e Victoria Beckham, em uma das suas lojas de Chelsea, bairro nobre de Londres. 


De acordo com estudo divulgado pela Charity Retail Association, 11.249 lojas de caridade funcionavam no Reino Unido até julho do ano passado. Deste total, 9.437 só na Inglaterra, outras 963 na Escócia, 549 no País de Gales e 300 na Irlanda do Norte. Todo mundo que conheço já comprou algo nessas lojas. A mesma pesquisa mostra que 81% dos entrevistados tinham visitado um desses estabelecimentos naquele ano, o que indicava um crescimento de 14% em comparação com os 12 meses anteriores. Na contramão do que tem acontecido com o comércio de rua, que vem fechando as portas em função da competição com as grandes marcas e a internet, os brechós vêm ganhando fôlego. Algumas entidades, têm optado inclusive por expandir, não apenas a sua capilaridade, como também os seus espaços. O Câncer Research UK tem grandes centros varejistas, com vários andares, pelo Reino Unido. O Exército da Salvação abriu uma superstore em Northampton e um café em 2017.  

Tomara que essa cultura de brechós dedicados à caridade, prospere, porque não são só os benefícios financeiros, os ambientais que garantem sustentabilidade e reciclagem de produtos favorecendo o meio ambiente. 

 fonte: projetocolabora.com.br/ maesmundoafora.com 



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